sábado, 28 de fevereiro de 2009

GRL 2020 Asia: Balanço


Depois de terminada a minha participação no terceiro Workshop Global Research Libraries 2020, que decorreu em Taipei, sob o tema “"Creating a Research Library that preserves the past, present and curates the future", registo aqui umas breves notas de balanço, para memória e referência futura. Todas as apresentações estão disponíveis na secção Agenda & Presentations do Website.
  1. Apesar de contar com menos participantes do que a realizada em Tirrenia em 2008, a GRL2020 Asia produziu sessões mais “livres” (e eventualmente até um pouco caóticas) do que a anterior. Isso obviamente tem aspectos positivos (permite maior espontaneidade e interactividade), mas também negativos (dificulta a focalização das discussões e a identificação de conclusões e recomendações).
  2. A discussão final, sobre a “missão”, objectivos, tarefas e actividades futuras da GRL2020 apontou para conclusões que contrariam um pouco o que tinha ficado definido no ano passado. A opinião maioritária (com a qual me identifico), é que não existem condições para que a GRL2020 seja mais do que um “think tank”, que reúna anualmente 40 a 50 pessoas com actividades de “vanguarda” na área da informação de ciência e tecnologia, para trocarem informações e opiniões sobre o que se passa na área, e produzirem conclusões e recomendações que possam influenciar os decisores políticos nas diferentes regiões e os profissionais que desenvolvem a sua actividade em diferentes contextos. No final deste workshop em Taipei, recomendou-se a elaboração de um documento de referência sobre o desenvolvimento de bibliotecas e repositórios de informação científica.
  3. O Workshop tornou ainda mais claro, pelo menos para mim, que existe um desenvolvimento muito desigual nos diferentes continentes. O “retrato” com que fiquei foi de uma Europa e Oceânia (Austrália) com experiências já consolidadas e com iniciativas relevantes no domínio da federação, agregação e interoperabilidade entre repositórios, de uma Ásia onde o Japão se destaca de um conjunto de países (como a China) ainda a dar passos tímidos no domínio dos repositórios, e de uma América do Norte com experiências e serviços muito avançados, mas sem iniciativas federadoras ou de coordenação, o que torna a sua situação mais “atrasada” e complexa. A América do Sul e África estiveram ausentes (facto para o qual chamei a atenção e que espero garantir que não se repita no próximo GRL2020).
  4. Para além de muitos outros pontos de interesse, e do simples facto de poder contactar com o grupo de pessoas que ali se reuniu, o que para mim foi mais relevante foi a oportunidade de ficar a conhecer a situação (e alguns dos principais protagonistas) dos repositórios na Ásia, e em particular os colegas japoneses (que me referiram no primeiro dia que continuavam a seguir o trabalho da Universidade do Minho) e o seu relevante trabalho em torno do NII Institutional Repositories Program e da Digital Repositories Federation, com resultados como o portal JAIRO ou o projecto ROAT (sobre o qual provavelmente escreverei aqui no futuro).
  5. Finalmente a GRL2020, foi a primeira conferência/workshop que Twittei em directo (#grl2020), mas não será certamente a última…

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